Segundo informações repassadas pela Polícia Federal foi deflagrada, na data de hoje (31), a Operação Ruta Negra, para desarticular uma Organização Criminosa sediada em Santa Terezinha de Itaipu, especializada na importação, comercialização e transporte de defensivos agrícolas ilegais.
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Foram cumpridos vinte mandados de busca e apreensão, um mandado de prisão preventiva e dois mandados de prisão temporária nas cidades de Santa Terezinha de Itaipu, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Ubiratã, Irati e Lucas do Rio Verde.
A investigação foi iniciada em fevereiro de 2019, a partir de apreensões de cargas ilegais de agrotóxicos vindas do Paraguai.
Segundo a PF, o grupo estaria relacionada com, ao menos, dez prisões em flagrante por importação e transporte de agrotóxicos ilegais, receptação qualificada de veículos furtados ou roubados e adulteração de placas, ocorridas em Foz do Iguaçu, Santa Terezinha do Itaipu, Corbélia, Céu Azul e São Miguel do Iguaçu.
Os polícias também apuraram que a organização atuava pelo menos desde o ano de 2015 e supostamente foi responsável pela importação clandestina de dezenas de toneladas de defensivos agrícolas sem registro nos órgãos competentes, a maior parte de origem chinesa.
Ainda, segundo a polícia, a importação ocorria por meio do lago de Itaipu, em pequenas embarcações, que utilizavam portos clandestinos da região. Em seguida, os agrotóxicos eram armazenados em entrepostos situados em Santa Terezinha de Itaipu e Ubiratã, até serem comercializados nos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Amazonas e Pará.
No transporte rodoviário, o grupo atuava em comboio de três a cinco veículos, com constantes fugas das forças policiais e direção agressiva. Foram relatados, ao menos, três acidentes de trânsito. Em 1um desses acidentes, ocorrido no início de 2017, na praça de pedágio situada em São Miguel do Iguaçu, faleceu um dos supostos motoristas do grupo quando o veículo que conduzia se incendiou depois de ter colidido com outro carregado de agrotóxicos.
Um dos produtos mais importados pela oranização era o benzoato de emamectina, popularmente conhecido como “Benzo”, utilizado no combate à Helicoverpa armigera, espécie de lagarta comum nas lavouras brasileiras de soja, milho, feijão e algodão.
O produto era proibido no Brasil até o ano 2017. Depois disso, foi liberado seu uso em concentração máxima de até 5%. Mas segundo a policia, a organicação usava concentrações de até 6 vezes acima do permitido.
Ao longo das investigações, surgiram indícios de que o grupo receptava carros roubados ou furtados, adulterando suas placas. Esses veículos eram utilizados para o transporte dos agrotóxicos, diz a polícia.
A Polícia Federal disse que o grupo contava com auxílio de um funcionário de agência bancária em Foz do Iguaçu para abertura de contas com documentos falsos e para movimentação de dinheiro ilegal obtido pelo grupo.
Entre os presos está o suposto líder da organização e de seus 2 (dois) principais auxiliares, foram apreendidos dinheiro, veículos, embarcações e imóveis da ORCRIM, supostamente obtidos em razão das práticas criminosas.
Os suspeitos são investigados por crimes de importação e transporte de agrotóxicos ilegais, receptação qualificada, adulteração de placas, falsificação de documentos e de organização criminosa.
De acordo com a PF, se condenados, podem receber penas de até 35 (trinta e cinco) anos de prisão.
Com informações da PF