A participação das mulheres nos negócios ligados ao campo, onde a suinocultura está inserida, é uma realidade, ocupando espaços e posições que, antes, eram dominados por homens. A quantidade de horas trabalhadas na administração das propriedades rurais demonstra sua força e comprometimento. Conforme dados da Pesquisa Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA), 78% do público feminino trabalha 8 horas ou mais por dia, considerando todos os estados brasileiros, culturas e rebanhos cobertos pelo estudo.
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De acordo com o Censo Agropecuário 2017, quase 947 mil propriedades rurais são comandadas por mulheres no Brasil. A maior parte delas está localizada na região Nordeste (57%), seguida pelo Sudeste (14%), Norte (12%), Sul (11%) e Centro-Oeste (6%). Esse número representa 19% das 500,7 milhões de propriedades rurais brasileiras, havendo ainda diferença entre mulheres proprietárias e não proprietárias dos empreendimentos agropecuários. Mesmo com esse crescimento notável, os homens são responsáveis pela maior parte, gerindo 4,1 milhões de propriedades.
Entre as proprietárias, 50% das atividades econômicas estão relacionadas à pecuária e criação de outros animais; 32% à produção de lavouras temporárias e 11% à produção de lavouras permanentes. Enquanto entre as não proprietárias (produtoras sem área; concessionárias ou assentadas aguardando titulação definitiva; ocupantes; comandatárias; parceiras ou arrendatárias), 42% das atividades econômicas estão relacionadas à produção de lavouras temporárias; 39% à pecuária e criação de outros animais e 7% à produção de lavouras permanentes.
Em relação ao território nacional, juntas, as mulheres administram cerca de 30 milhões de hectares, o que corresponde a 8,5% da área total ocupada pelos estabelecimentos rurais no país. Apesar dos dados mostrarem uma diferença grande entre homens e mulheres, se comparado com o Censo Agropecuário anterior, realizado em 2006, o crescimento da participação delas no agronegócio foi de 6,3%. No Rio Grande do Sul, a liderança feminina também é observada, passando de 9% para 12%.
O que esperar do futuro: a mulher e o agronegócio
O avanço feminino no agronegócio nacional, nos últimos anos, é perceptível também em cargos de gerência, devendo-se à facilidade para absorver novas tecnologias e o fato de grande parcela de mulheres possuir curso superior, além de encarar a lida no campo como carreira. No entanto, mesmo com os números animadores, ainda existe espaço para melhorias.
Outro ponto importante é que as elas acabam tendo que desempenhar funções diárias conjuntas, equilibrando atividades como proprietárias, administradoras, mães e donas de casa.
De acordo com um estudo feito pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), 71% do público feminino ligado ao agronegócio tem múltiplas responsabilidades. Esse percentual se mostra mais relevante quando comparado ao cenário histórico sobre o segmento em décadas anteriores.
A luta pela construção de um espaço igualitário no mercado de trabalho evidencia resultados, que começam a ganhar força à medida que as mulheres estão conseguindo quebrar, gradativamente, diversas barreiras.
Foto de capa: Rafael Sulviki
Fonte: Assessoria de Imprensa ROBOAGRO