Vinte e três pessoas foram presas pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul suspeitas de aplicar o golpe do bilhete premiado na manhã de domingo (7). As prisões foram realizadas no Rio Grande do Sul (18), Paraná (3), Santa Catarina (2) e Espírito Santo (1).
No Rio Grande do Sul, os mandados foram cumpridos em Caxias do Sul, Farroupilhas e Passo Fundo. Enquanto no Paraná, os policiais localizaram os infratores em Colombo, Pinhais e São José dos Pinhais. Já em Santa Catarina, ações foram realizadas em Balneário Camboriú, Camboriú e Itajaí. No Espírito Santo, o criminoso foi preso no município de Vila Velha.
O prejuízo estimado para as 21 vítimas, na maioria idosos, gira em torno de R$ 1 milhão. Além das prisões, os investigadores da Polícia Civil também apreenderam cartões bancários, máquina de cartão, telefones celulares, documentos que comprovam transferências bancárias, bilhetes de loterias, notebooks, revólver e outros papéis que devem auxiliar nas investigações.
O golpe consiste em fazer com que a vítima acredite estar diante de uma oportunidade de se tornar um milionário.
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Para a aplicação do golpe, um dos criminosos, com roupas velhas, se passa por uma pessoa pobre do interior. Segundo a polícia, em alguns casos, esse papel é interpretado por uma mulher com barriga de grávida ou por um homem mais velho.
Assim que a vítima passa pelo golpista, a abordagem é realizada pelo bandido. Primeiro, o golpista pede ajuda para encontrar um endereço inexistente. Em seguida, o estelionatário conta uma história falsa, dizendo que não sabe ler e não tem condições financeiras.
Depois, outros estelionatários aparecem e simulam um telefonema para confirmar que o suposto bilhete havia sido premiado em algum concurso da Caixa Econômica Federal. Por fim, os suspeitos convencem a vítima realizar transferências bancárias e entregar cartões.
"O golpe é tão bem elaborado, que o estelionatário, prevendo a desconfiança dos funcionários do banco, propõe que a vítima diga ao atendente que o dinheiro que ela está tentando transferir é referente à compra de um terreno", relata a polícia.
Em posse do dinheiro, os golpistas combinam com a vítima um horário para que os três se encontrem para retirar o prêmio e fogem. A pessoa só percebe que sofreu um golpe depois de perder o contato com os criminosos.
Fonte: Catve.com