No último dia 8 de dezembro, o Ministério de Minas e Energia anunciou o Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores, estabelecendo novos parâmetros para redução do consumo de energia desses eletrodomésticos.
Enquanto o governo destaca os benefícios ambientais, fabricantes alertam para possíveis aumentos significativos nos preços das geladeiras, especialmente para a população de baixa renda.
Impacto nos Preços e no Consumo
A Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) expressou preocupação com um possível aumento exponencial nos preços das geladeiras, podendo atingir até 250% de aumento nos modelos de entrada.
Esse impacto, segundo a Eletros, pode resultar em uma retração no consumo desse importante item doméstico, afetando não apenas os consumidores, mas também a economia do setor.
Cronograma de Implementação e Metas a Cumprir
O governo planeja implementar as novas regras em etapas, com a primeira fase iniciando em 31 de dezembro de 2023 e subsequentes fases até 2028.
A meta é que, a partir desse ano, apenas geladeiras com eficiência energética pelo menos 17% superior às atuais sejam comercializadas no país.
Disputa de Perspectivas: Meio Ambiente versus Impacto Social
Enquanto o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende as mudanças como um avanço rumo à transição energética e à adoção de práticas internacionais de eficiência, a Eletros argumenta que tais medidas são desnecessárias, considerando a eficiência já existente nos produtos nacionais.
Diálogo e Busca por Revisão
Diante do impasse, representantes da Eletros afirmaram que buscarão diálogo com o governo federal, buscando uma revisão ou anulação das medidas.
A associação destaca que prazos curtos e metas rigorosas podem aumentar os custos de produção, tornando as geladeiras mais caras e impactando diretamente os consumidores.
Balanço entre Eficiência e Acessibilidade
A medida governamental visa alinhar o Brasil a padrões internacionais de eficiência energética, mas o debate com a indústria destaca preocupações sobre o impacto social e econômico.
O desafio reside em encontrar um equilíbrio entre avanços ambientais e a manutenção da acessibilidade a produtos essenciais, como as geladeiras, no cotidiano dos brasileiros.
Fonte: Escolaeducação