Importação de Tilápia do Vietnã pelo Governo do Brasil pode prejudicar produção local, diz Faep
19/01/2024 Brasil
Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) expressa preocupação com a compra de 25 mil quilos de tilápia vietnamita

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) enviou um comunicado nesta quarta-feira (17) ao ministro da Pesca e Aquicultura, André Carlos Alves de Paula Filho, expressando sua oposição à recente importação de 25 mil quilos de tilápia do Vietnã pelo governo brasileiro, realizada em dezembro de 2023.

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A entidade alerta para os possíveis danos à produção local e destaca a importância de proteger a piscicultura brasileira.

A argumentação da FAEP é de que a importação de tilápia prejudica a piscicultura brasileira e paranaense. Atualmente, a atividade está em franca expansão em território nacional, principalmente quando se trata da produção de tilápia.

No caso específico do Paraná, maior produtor do país e responsável por 40% da produção nacional do peixe, a importação do Vietnã pode prejudicar a produção e o mercado local.

“Não podemos deixar acontecer como o que estamos vendo na atividade leiteira, na qual as importações estão achatando as cotações internas do produto, inviabilizando a produção e, principalmente, retirando milhares de produtores da pecuária de leite. Precisamos e vamos lutar para proteger a piscicultura deste cenário”, destaca o presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette.

Ainda, considerando a produção anual superior a 550 mil de toneladas, o Brasil tem capacidade para atender a demanda interna, além de gerar excedentes para exportação, contribuindo para a balança comercial.

Em 2023, o país exportou quase 2,1 mil toneladas de tilápia, aumento de 96% em relação a 2022, gerando dividendos na ordem de US$ 14,1 milhões.

Além da questão comercial, o documento da FAEP ressalta a existência de protocolos sanitários e ambientais divergentes entre os países. Em 2021, o Paraná obteve o reconhecimento como área livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).

Desta forma, o Estado precisa manter uma estrutura sanitária sólida e robusta, para garantir, futuramente, a abertura de mercados consumidores mais exigentes.

Assessoria/Faep

 
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