O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado hoje pelo IBGE revela que a inflação no Brasil subiu 0,42% em janeiro, marcando uma desaceleração em relação à variação de 0,56% registrada no mês anterior.
A alta, contudo, foi especialmente pressionada pelo aumento de 1,38% no grupo de alimentação e bebidas, que detém o maior peso no indicador, representando 21,12%.
Os alimentos se destacaram como os principais impulsionadores do índice, contribuindo com 0,29 ponto percentual para a inflação do mês. A elevação nos preços, em grande parte relacionada às condições climáticas adversas em diversas regiões produtoras do país, resultou na maior alta de alimentação e bebidas para um mês de janeiro desde 2016 (2,28%).
No cenário alimentar, os consumidores enfrentaram aumentos significativos nos preços da cenoura (43,85%), batata-inglesa (29,45%), feijão-carioca (9,70%), arroz (6,39%) e frutas (5,07%).
O gerente da pesquisa, André Almeida, apontou que o aumento nos preços dos alimentos é uma tendência histórica nos meses de verão, intensificada este ano pela presença do El Niño.
Enquanto a alimentação no domicílio ficou mais cara, registrando um aumento de 1,81%, a alimentação fora do domicílio desacelerou em relação a dezembro, com altas menos intensas no lanche (0,32%) e na refeição (0,17%).
Em contrapartida, o grupo de transportes, segundo maior peso no IPCA (20,93%), registrou uma deflação de 0,65%, principalmente devido à queda de 15,22% nas passagens aéreas. Além disso, os preços dos combustíveis apresentaram recuo, com destaque para o etanol, o óleo diesel e a gasolina.
A saúde e cuidados pessoais apresentaram aumento de 0,83%, impulsionados por elevações nos produtos de higiene pessoal, perfume, plano de saúde e produtos farmacêuticos. O grupo de habitação teve alta de 0,25%, impulsionado pelos aumentos nos preços da taxa de água e esgoto e do gás encanado, enquanto a energia elétrica residencial teve queda de 0,64%.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) também registrou alta de 0,57% em janeiro, acima do mês anterior (0,55%), acumulando 3,82% nos últimos 12 meses.
Os produtos alimentícios foram os principais impulsionadores dessa alta, atingindo 1,51% em janeiro. André Almeida destaca que o resultado do INPC ficou acima do IPCA devido ao maior peso do grupo alimentação e bebidas nesse indicador. Para mais detalhes sobre os números, clique aqui.
Redação Guia São Miguel