Apesar do enfraquecimento, El Niño continuará influenciando o clima no Brasil por mais tempo
12/02/2024 Clima
Meteorologistas preveem perda de intensidade do fenômeno nos próximos meses, mas seus impactos devem ser sentidos nacionalmente

Apesar das previsões de enfraquecimento do El Niño nos próximos meses, os efeitos do fenômeno ainda serão perceptíveis no Brasil até abril, alertam os meteorologistas.

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Caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, o El Niño de 2023-2024 é considerado o mais forte dos últimos anos, atingindo um pico entre dezembro e janeiro, com temperaturas que chegaram a superar 2°C.

Vinícius Lucyrio, climatologista da Climatempo, destaca que mesmo após o ápice do fenômeno, o aquecimento das águas ainda está evidente, com o Niño 3.4 registrando um aquecimento de 1,8°C, um valor considerado alto.

Apesar de não indicar enfraquecimento imediato, imagens de satélite mostram sinais de arrefecimento do El Niño, principalmente nas áreas próximas à costa do Peru e do Equador.

Os efeitos para o Brasil incluem temperaturas acima da média em todo o país, persistindo ao longo do outono. Ana Lúcia Frony, meteorologista e sócia-fundadora do Climate Change Channel, ressalta que esses efeitos podem se estender por até um mês após as temperaturas do Oceano Pacífico voltarem à média.

Além disso, há a expectativa da transição para o La Niña no segundo semestre de 2024, segundo a NOAA. Lucyrio afirma que é difícil precisar a duração e intensidade do fenômeno, mas prevê sua instalação entre junho e agosto.

Para o Brasil, isso pode significar aumento de chuvas no Norte e no Nordeste, tempo seco no Centro-Sul com chuvas irregulares, e uma condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio, gerando maior variação térmica.

Os meteorologistas recomendam acompanhamento constante das atualizações climáticas diante dessas mudanças.

Com informações do G1

 
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