A Forbes publicou uma matéria que mexe com o passado de uma das fotos mais emblemáticas feitas no final da segunda guerra.
A foto histórica que capturou o beijo celebratório no final da Segunda Guerra Mundial, tirada em 14 de agosto de 1945, na Times Square, ressurgiu recentemente em meio a um debate sobre consentimento.
A imagem, conhecida como "V-J Day in Times Square" ou simplesmente "O beijo", tornou-se símbolo da comemoração pela rendição do Japão aos Estados Unidos.
O Departamento dos Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos (AV) protagonizou a controvérsia ao emitir um memorando em 29 de fevereiro, proibindo exibições públicas da foto em suas instalações.
O documento alegava que a imagem revelava "comportamento impróprio" ao retratar um ato não consensual.
O secretário do AV, Denis McDonough, contestou o memorando, afirmando: "Deixe-me ser claro: esta imagem não foi banida das instalações — e vamos mantê-la".
O governo americano endossou essa posição, com a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, declarando que o documento não foi sancionado e não era algo de conhecimento da administração.
A foto, clicada por Alfred Eisenstaedt e publicada na revista Life, mostra o marinheiro George Mendonsa beijando Greta Friedman, uma cena que ficou gravada na memória coletiva como um símbolo da alegria pelo fim da guerra.
No entanto, em uma entrevista à Biblioteca do Congresso dos EUA em 2005, Friedman afirmou que não escolheu ser beijada e descreveu o episódio como alguém "apenas comemorando".
Ambos os protagonistas da fotografia já faleceram, Greta Friedman em 2016, aos 92 anos, e George Mendonsa em 2019, aos 95 anos. O debate sobre o consentimento na famosa imagem continua a gerar reflexões sobre a interpretação histórica e cultural de eventos tão emblemáticos.
Fonte: Forbes