Nível do Rio Paraná Cai até 8 Metros Abaixo do Normal Próximo à Ponte da Amizade
03/09/2024 Foz do Iguaçu
Queda no nível do rio é resultado da baixa precipitação e estratégia de armazenamento de água pela usina de Itaipu para enfrentar crises futuras

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O Rio Paraná, um dos maiores da América do Sul, está apresentando níveis de 5 a 8 metros abaixo do normal no trecho próximo à Ponte Internacional da Amizade, que liga Foz do Iguaçu, no Paraná, a Cidade do Leste, no Paraguai.

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A baixa no nível do rio tem deixado visíveis margens e pedras que normalmente estariam submersas, conforme informou Itaipu Binacional.

Essa situação é atribuída a dois principais fatores. Primeiro, a redução significativa das chuvas tanto no Paraná quanto em outros estados ao longo do percurso do rio. Segundo, uma estratégia deliberada de Itaipu para armazenar mais água em seu reservatório, que é crucial para garantir a geração de energia nos meses de maior demanda.


De acordo com Paulo Zanelli, diretor do sistema de operações da usina, a operação de contenção de água tem sido intensificada nos últimos dias. "Nos últimos 15 dias, recuperamos cerca de 30 centímetros no nível do reservatório, já prevendo que no último trimestre vamos precisar utilizar essa água", explicou Zanelli.


Com a chegada das estações mais quentes, como primavera e verão, o consumo de energia tende a aumentar, e a usina de Itaipu está se preparando para atender às necessidades do Brasil e do Paraguai.


Apesar do nível reduzido em certos trechos do Rio Paraná, o reservatório de Itaipu permanece dentro dos limites normais de operação. A usina continua funcionando como uma espécie de "bateria" do sistema elétrico brasileiro, sendo acionada principalmente nos horários de maior demanda.


Durante o dia, a geração de energia é mantida em níveis mais baixos, mas aumenta significativamente no final da tarde, quando a produção de energia solar diminui.


Foto: Reprodução RPC

Até o momento, em 2024, Itaipu gerou 42,9 milhões de MWh de energia elétrica, com expectativas de que a produção no segundo semestre supere a do primeiro, principalmente devido à crise hídrica que afeta o país.

A usina segue atendendo plenamente as demandas energéticas dos sistemas do Brasil e do Paraguai, mantendo seu papel crucial na matriz energética da região.

Fonte: G1
Foto: Reprodução RPC

 
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