A Venezuela vive há mais de uma década uma das crises mais profundas da América Latina. O país, que já foi considerado um dos mais ricos da região graças às suas gigantescas reservas de petróleo, enfrenta uma realidade marcada por hiperinflação, escassez de produtos, migração em massa e instabilidade política.
O início da crise remonta aos últimos anos do governo de Hugo Chávez e se agravou com a chegada de Nicolás Maduro ao poder em 2013. A dependência quase exclusiva do petróleo, somada a políticas econômicas que não conseguiram sustentar a produção interna, mergulharam a nação em dificuldades cada vez maiores.
Atualmente, milhões de venezuelanos vivem com salários que mal cobrem necessidades básicas. O dólar se tornou moeda de referência em muitas regiões, enquanto a moeda oficial, o bolívar, perdeu valor de forma drástica.
A migração também se intensificou: mais de sete milhões de pessoas deixaram o país em busca de melhores condições de vida em países vizinhos, como Colômbia e Brasil, e até em nações mais distantes.
No campo político, o governo Maduro se mantém apoiado nas Forças Armadas e em alianças internacionais com Rússia, China e Irã. Em contrapartida, enfrenta sanções e pressões dos Estados Unidos, União Europeia e de parte da América Latina. A oposição, apesar de existir, encontra dificuldades para se organizar diante das restrições impostas pelo regime.
O futuro da Venezuela permanece incerto. Especialistas apontam que a recuperação econômica só será possível com maior abertura ao mercado internacional e com mudanças internas que tragam estabilidade política. Enquanto isso, milhões de cidadãos continuam a viver entre a esperança de dias melhores e a dura realidade de uma crise que parece não ter fim.
Cláudio Albano / Redação Guia São Miguel
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