O padre de 41 anos, suspeito de abusar sexualmente de adolescentes e jovens ligados a atividades religiosas em Cascavel, foi preso na manhã de domingo durante a operação “Lobo em Pele de Cordeiro”, conduzida pelo Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria).
Em coletiva, a delegada responsável pela investigação afirmou que os abusos teriam começado entre 2009 e 2010, quando o padre ainda era seminarista e teria abusado de um colega.
À época, a denúncia foi levada ao arcebispo responsável, falecido em 2021, mas não foi formalmente encaminhada às autoridades. Surgiram ainda denúncias de que o próprio arcebispo também poderia ter cometido abusos.
O caso levou ao afastamento imediato do sacerdote de todas as funções eclesiásticas, conforme determina a jurisdição canônica. A investigação está em andamento desde julho, após informações repassadas pela Polícia Militar.
Para se aproximar das vítimas, o padre oferecia presentes, dinheiro, viagens e convites para pernoitar em sua casa. A polícia solicitou a prisão temporária do religioso devido à tentativa de contato com possíveis vítimas.
Até o momento, o Nucria ouviu 11 pessoas, entre vítimas e testemunhas, e identificou três vítimas diretas: uma menor de idade na época dos fatos e duas já maiores.
Além dos abusos sexuais, a investigação aponta irregularidades financeiras na gestão da paróquia e a prática de terapias sem autorização legal em consultório particular, alvo da operação.
Computadores e celulares foram apreendidos e devem auxiliar na continuidade das apurações. A polícia segue ouvindo possíveis vítimas e testemunhas para aprofundar as investigações.
Fonte: Tarobá News
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