O delegado da Polícia Civil, Walcely de Almeida, apresentou detalhes sobre o feminicídio que abalou São Miguel do Iguaçu no último dia 13 de setembro. A vítima, Jaqueline Rodrigues Pereira, de 37 anos, foi encontrada morta dentro da própria residência, atingida por um disparo de arma de fogo.
O principal suspeito é o marido da vítima, que também foi encontrado ferido após um tiro, posteriormente confirmado como disparado contra si mesmo. De acordo com a polícia, ele teria simulado um assalto para encobrir o crime, revirando cômodos, abrindo armários e guarda-roupas na tentativa de dar veracidade à versão.
As investigações, contudo, revelaram outra realidade. Imagens de câmeras de segurança, áudios e depoimentos de familiares e testemunhas desmentiram a hipótese de roubo. Segundo o delegado, a gravação mostra que o primeiro disparo ocorreu às 5h22 da manhã. Cerca de dez minutos depois, o marido utilizou o celular da esposa para enviar mensagens em um grupo de família, se passando por ela. O grupo havia sido criado para organizar a festa de aniversário da mãe de Jaqueline.
“Segundo a família, ela não tinha costume de enviar esse tipo de mensagem. No áudio da câmera também é possível ouvir um segundo disparo e, momentos depois, é possível ver movimentação dentro da casa pelo reflexo da porta de vidro”,, destacou Walcely de Almeida.
Ainda segundo a investigação, aproximadamente uma hora após o primeiro disparo, o homem teria atirado contra si mesmo. A arma utilizada foi localizada dentro da residência.
O delegado ressaltou que familiares do marido inicialmente reforçaram a versão de assalto. Já os parentes de Jaqueline afirmaram que o casal mantinha uma relação aparentemente tranquila, sem sinais de conflito.
O crime segue sendo investigado como feminicídio, e o marido permanece preso preventivamente à disposição da Justiça.
Redação Guia São Miguel com informações do Portal Costa Oeste.
