O Paraná vive um cenário de alerta máximo em razão do aumento crítico de incidentes em ambientes aquáticos. Com os termômetros ultrapassando os 30 °C e o crescimento expressivo da circulação de pessoas em locais de lazer durante o período de férias, o Corpo de Bombeiros registrou mais de 100 afogamentos apenas na última semana em todo o estado. As autoridades apontam que a combinação entre calor intenso e comportamentos imprudentes tem sido o principal fator para o índice alarmante.
Em Londrina, a preocupação se concentra especialmente em pontos tradicionais como os lagos Igapó e Cabrinha, além de rios e represas da região, que costumam atrair grande número de banhistas.
O tenente Leonardo Cavalcanti faz um alerta severo sobre os riscos associados a saltos de cabeça. Segundo ele, águas turvas podem esconder pedras, galhos ou bancos de areia, transformando um mergulho aparentemente inofensivo em um acidente grave. “Um salto mal calculado pode causar lesões irreversíveis na coluna cervical, levando inclusive à paralisia”, explica.
Outro perigo frequentemente subestimado são as correntezas submersas. Invisíveis a olho nu, elas têm força suficiente para arrastar até mesmo nadadores experientes, dificultando o retorno à margem e aumentando o risco de afogamento.
Para evitar que o período de descanso termine em tragédia, o Corpo de Bombeiros reforça uma série de recomendações essenciais:
Vigilância infantil: Em piscinas, inclusive residenciais, a supervisão deve ser constante e ininterrupta. Boias e outros infláveis não substituem a atenção de um adulto, pois podem virar ou esvaziar a qualquer momento.
Equipamentos de segurança: O uso de colete salva-vidas é indispensável para pescadores e banhistas em águas abertas, independentemente da profundidade ou da experiência do usuário.
Correntes de retorno: No litoral, o maior perigo são os canais que puxam para o fundo. A orientação é evitar o mar em áreas sinalizadas com bandeiras vermelhas e dar preferência a trechos monitorados por guarda-vidas.
Regra de ouro: “Água no umbigo é sinal de perigo”. Ao atingir essa altura, a força da água dificulta o equilíbrio e aumenta significativamente o risco de arraste.
As equipes de resgate seguem em prontidão em todo o estado, mas os Bombeiros ressaltam que a prevenção individual é a medida mais eficaz para reduzir as estatísticas de óbitos por afogamento. A adoção de cuidados básicos e o respeito às orientações de segurança podem fazer a diferença entre um verão de lazer e uma tragédia evitável.
Redação Guia São Miguel com informações do Tarobá News.
Inscreva-se em nosso canal no YouTube e acompanhe todas as novidades: https://www.youtube.com/channel/UCLC6_3sqHgj5bKpfze7inlA?sub_confirmation=1 * *
Siga o Guia São Miguel no Whatsapp clicando aqui
