Aconteceu na terça-feira (5), no tribunal do júri da Comarca de Santa Helena, o julgamento do caso em que uma mulher foi brutalmente assassinada pelo ex-companheiro no banheiro da igreja matriz católica, em Santa Helena. Local onde os dois prestavam serviço, no dia 02 de fevereiro deste ano.
O autor foi condenado há 28 anos de prisão em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado.
De acordo com o promotor de Justiça substituto, Esdras Soares Vilas Boas Ribeiro, foi um trabalho muito sensível. O Ministério Público tinha consciência da repercussão desse caso e da importância do Estado dar uma resposta satisfativa para a sociedade. Em cima disso é que foi feito o trabalho.
“A pena foi justa, apesar de ser considerada alta se comparada com outros crimes, mas de acordo com as circunstâncias do crime: ceifar a vida de uma mulher, mãe de uma criança de 7 anos de idade, em uma igreja e por uma simples discussão de Facebook é algo inaceitável”, explicou o promotor.
Esdras enfatizou que o homem, depois de cumprir a sua pena voltará a sociedade, porém a vítima, pode se passar o tempo que for, ela não voltará. "No meu entendimento a pena para este caso deveria ser perpétua, porém isto não existe em nosso país. A única pena perpétua nesses casos é para a família da vítima, que irá sofrer perpetuamente”.
Para finalizar o representante do MP, disse que já esperava este resultado, devido a investigação ter sido bem feita e o processo ter sido bem conduzido, acreditando que os jurados votaram conforme a consciência.
O advogado de defesa, Vitor Spazzini, atuou de forma dativa e disse que irá recorrer, pela redução da pena. “É um caso bastante grave, mas acredito que o tribunal deve reduzir a pena do sentenciado”, comentou.
Num contexto geral, Spazzini disse que o trabalho realizado neste julgamento ficou dentro do esperado. “Sabíamos que era um caso delicado, tanto é que nenhum outro advogado aceitou fazer a defesa do réu e nós aceitamos, pois é um ônus público que o advogado tem, contribuindo com a sociedade”, finalizou.
Presidiu o julgamento, o juiz de Direito da comarca de Santa Helena, Jorge Anastácio Kotzias Neto.
Fonte: Correio do Lago
