Desde o início da pandemia da Covid-19, o Brasil assiste perplexo a várias atitudes controversas de celebridades e políticos quanto à doença. Essas pessoas falam uma coisa e fazem outra.
Na hora de levantar o dedo e apontar os erros dos outros, elas são as primeiras, mas a prática dela é bem diferente. E, se o assunto é julgar comportamentos, os usuários da internet já deram uma sentença para esses casos: “hipocrisia”.
No fim de 2020 o youtuber Felipe Neto criticou uma festa de Natal que o colega Carlinhos Maia deu e que causou aglomeração. Dias depois, Neto foi filmado em um jogo de futebol com amigos, contrariando as orientações de distanciamento. Ambos reconheceram publicamente seus erros.
O governador de São Paulo João Doria, por sua vez, decretou a fase vermelha de isolamento social durante os feriados de Natal e Ano Novo, com o intuito de frear as viagens, mas ele mesmo viajou com a família para o exterior e os cidadãos postaram sua indignação na web. Doria mudou de planos e voltou ao Brasil.
Já a médica Thelma Assis, vencedora de um reality show da TV Globo, protagonizou uma campanha de prevenção ao novo coronavírus, mas alugou com outras celebridades uma ilha para uma festa de fim de ano, o que gerou críticas nas redes sociais.
Para boa parte da população, a pergunta que fica é: como acreditar e admirar pessoas que se contradizem e não se importam com as consequências de seus atos, apesar de construírem uma imagem de que respeitam o próximo?
Inclusive, agindo assim, elas deseducam crianças e jovens que se espelham nelas e passam a elas a ideia de que não precisa existir coerência entre o que se diz e o que se faz.
Infelizmente, quando o próprio interesse está em jogo, a hipocrisia de alguns reina e isso, claro, não se resume a casos que envolvem famosos. Quantas vezes você já se deparou com alguém hipócrita?
Por Claudio Albano
