A comercialização da safra 2021/22 de soja do Brasil chega a cerca de 15% neste momento, de acordo com estimativas da Brandalizze Consulting. O total estaria um pouco menos adiantado do que o registrado em anos anteriores. Em Mato Grosso, maior estado produtor da oleaginosa no país, o percentual chega a 25%.
"O normal para o Brasil, neste começo de abril, seria algo entre 20% e 25%, e para Mato Grosso, já perto de 35%. E esses números menores se dão por dois fatores: um deles é a espera por preços mais altos, principalmente em Chicago, e o outro é o produtor mais capitalizado, podendo esperar um pouco mais para comprar seus insumos, pagando à vista (não por meio das trocas) e, com isso, roda menos soja", explica Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.
Ainda assim, segundo ele, as trocas seguem acontecendo e se mostram bastante favoráveis, justamente, em função dos bons preços da soja que têm sido praticados mna combinação dos patamares elevados na Bolsa de Chicago e do dólar em alta frente ao real. Muitas posições foram feitas na última semana e os produtores têm aproveitado os bons momentos para travar seus custos de produção para a próxima temporada.
"O sojicultor está usando um dos menores volumes de soja dos últimos anos para comprar os pacotes de insumos. E isso se dá mesmo com quase todos os insumos mais caros em reais", afirma o consultor.
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