A ONU (Organização das Nações Unidas) através do Alto comissariado para Direitos Humanos pediu ao Ministéiro Público que realize uma investigação completa e imparcial sobre a operação que terminou com 25 mortos, um deles policial, na comunidade do Jacarezinho no Rio de Janeiro. A operação ocorreu ontem(06) e é a mais letal na história do estado.
Rupert Colvill, porta-voz do escritório da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos disse que isso implica que as autoridades devem garantir a segurança e a proteção das testemunhas para que não haja retaliações. Segundo o porta-voz e preciso lembrar as autoridades brasileiras que o uso da força deve ser apliado somente quando estritamente necessário, sempre respeitando os princípios da legalidade, precaução, necessidade e proporcionalidade.
Na Manhã de hoje(07) manifestantes protestaram em frente a Cidade da Polícia, na zona norte, contra as mortes ocorridas durante a operação.
Polícia Civil
De acordo com a Polícia Civil não houve execuções entre os 24 suspeitos mortos. Os delegados que participaram da operação disseram que os suspeitos morreram em confronto e que o objetivo era combater grupos armados de traficantes que estariam aliciando crianças para o crime.
Segundo as investigações, os suspeitos, estariam envolvidos em outros crimes como o sequestro de trens que passam pela comunidade.
Prefeitura
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, quer conversar com o governador do estado, Cláudio Castro, para realizar uma ocupação permanente no Jacarezinho. Para o prefeito o resultado da operação é fruto de uma política de segurança inexistente e que não se pode achar normal que um agente de segurança pública e 24 pessoas, criminosos ou não, sejam mortos.
Redação Guia São Miguel com informações da Agência Brasil.
