Caso Daiane: policial penal é indiciado por homicídio doloso e condutor por homicídio culposo
20/07/2023 Cascavel
O motorista e a sua namorada, que era passageira do carro, afirmaram que não acharam que era uma pessoa sobre a via.

O Delegado Fabiano Moza, da Delegacia de Homicídios de Cascavel, concedeu entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira (19), para dar detalhes sobre a finalização do inquérito da morte da jovem Daiane de Jesus. As informações são da Tarobá News.

CLIQUE AQUI E PARTICIPE DA COMUNIDADE DO GUIA SÃO MIGUEL NO WHATSAPP

O crime aconteceu no dia 28 de maio, em frente a uma casa noturna na Rua Paraná, quando a jovem foi morta ao ser atropelada por um veículo Golf. Antes disso, a jovem teria sido derrubada sobre por um dos seguranças da boate, que é policial penal.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Conforme a DH, foram 52 dias de investigação. Acerca das cinco testemunhas que saíram da boate, elas afirmaram que fizeram o aviso aos seguranças que a mulher estava caída sobre a via que poderia ser atropelada. 

O motorista e a sua namorada, que era passageira do carro, afirmaram que não acharam que era uma pessoa sobre a via. Laudos periciais afirmam que o carro estava a 73 km/h, ou seja, acima da velocidade permitida no local que é de 60 km/h.

Também foram ouvidos os dois seguranças da parte interna da boate e o policial penal. Ao analisar mais de 12 horas de imagens, a DH chegou a conclusão que o policial penal utilizou spray de pimenta contra a vítima, fazendo com que ela caísse na via. Com ela já caida, outras duas borrifadas do spray são feitas contra a vítima, e por isso que ela não se levanta após cair. Buscas foram feitas, mas a DH não conseguiu encontrar o spray. 

O policial penal foi indiciado por homicídio doloso, com dolo eventual, já que assumiu o risco ao borrifar o spray contra a vítima. Já o condutor do carro foi indiciado por homicídio culposo no trânsito. Por fim, os dois seguranças da casa noturna foram indiciados por omissão de socorro.

 
MAIS NOTÍCIAS
    PARCEIROS