Se você acordou esperando um solzinho pra dar aquela animada no primeiro dia útil de julho... pode até comemorar — mas só se estiver na região oeste do Paraná. Por lá, o astro-rei até deve dar o ar da graça nesta terça-feira, embora pareça mais uma visita protocolar do que um convite pra sair de casa.
Isso porque o frio continua firme, forte e decidido a bater todos os recordes de “quantas camadas de roupa uma pessoa pode usar sem parecer um boneco de neve”.
Enquanto isso, o restante do estado segue em clima de reprise. Entre os Campos Gerais, Norte Pioneiro e o leste do Paraná, as chuvas fracas e isoladas continuam desfilando sem cerimônia, como aquele vizinho que aparece sem avisar só pra tomar um cafezinho e reclamar da vida.
A nebulosidade também marca presença, acompanhada de ventos vindos do oceano, porque a brisa marinha decidiu que o continente precisava de umidade extra.
Já na metade sul do estado, o frio resolveu investir pesado. A manhã chega congelante, com previsão de geada principalmente nas regiões sudoeste e sul, ali na divisa com Santa Catarina, onde até o café congela se você esquecer a caneca na varanda.
É o típico amanhecer em que a cama se transforma no bem mais precioso da casa — e levantar vira um teste de superação.
E não pense que o frio dá trégua à tarde: a tal massa de ar polar continua mandando no pedaço e impede qualquer tentativa de aquecimento. O sol até tenta, mas está mais para figurante do que protagonista nesse cenário meteorológico de novela mexicana.
Portanto, o recado está dado: tire os casacos do armário, prepare a sopa, ligue a chaleira e encare julho com aquele humor típico de quem já entendeu que reclamar do tempo faz parte do charme paranaense. E se você for do oeste… aproveite o sol. Ele passa rápido.
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Claudio Albano / Guia São Miguel