Você já parou pra pensar o que acontece com a sua “vida online” quando a vida offline chega ao fim? Pois é. A verdade é que, na era digital, morrer ficou mais complicado do que parece.
Antes, bastava deixar um testamento, um cachorro e algumas contas de água pra pagar. Hoje, temos que pensar em heranças digitais — e isso inclui perfis, senhas, e até grupos de WhatsApp onde você era o administrador.
O Facebook, por exemplo, transforma o perfil do falecido em uma espécie de “santuário virtual”, cheio de mensagens de saudade e coraçõezinhos tristes. Já o Instagram segue firme, mostrando suas fotos de viagem e seus pratos de comida eternizados para sempre — afinal, ninguém apaga nada na internet, nem a receita de lasanha de 2014.
E o Google? Ah, o Google é prático: ele tem até um Gerenciador de Conta Inativa. Você escolhe em vida o que deve acontecer com seus dados caso desapareça por um tempo. É quase um “plano funerário digital”, mas sem flores e sem velório.
O mais curioso é que muita gente nunca pensou nisso. Deixamos nossas vidas inteiras guardadas em nuvens — e ninguém sabe onde fica essa tal nuvem. Talvez, quem sabe, seja o mesmo lugar para onde vão os pendrives que a gente perde.
No fim das contas, o mundo digital é mais resistente que nós. Quando partimos, nossos dados continuam vagando pela internet, recebendo likes, curtidas e até spam.
Então, se quiser evitar confusões, já vai pensando: quem herdará seu Wi-Fi? Quem apagará suas fotos com filtro de cachorro? E o mais importante: quem vai responder àquela mensagem do grupo de whatsapp perguntando “tá sumido, hein?”
Afinal, na era digital, ninguém morre de vez — só muda o status para “inativo”.
Cláudio Albano/Guia São Miguel
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